Arquidiocese de Niterói - Vicariato Oceânico

sábado, 2 de outubro de 2010

OUTUBRO. MÊS DAS MISSÕES, DO ROSÁRIO E DA PADROEIRA DO BRASIL.



Neste mês de outubro, voltam-se as atenções de nossa comunidade cristã e católica, no Brasil e no Mundo, para o precioso trabalho dos missionários; daqueles homens e mulheres, de vida livremente dedicada ao Senhor na plenitude, que, em terras próximas ou distantes às suas, cumprem o chamado de Jesus, na pregação do Evangelho, que se traduz da língua grega por Boa Nova, a todas as criaturas; para que aceitem a Palavra, se convertam e se renovem pelo Espírito Santo no batismo, marco inicial da salvação no Reino a todos prometido. E por feliz coincidência, nossa Igreja nos convida, neste mesmo mês, a prestigiarmos o Santo Rosário, no qual a figura de Maria Santíssima se apresenta por intenso, não só nas orações de “Ave Maria” e de “Salve Rainha”, mas na imagem da participação quase totalmente silenciosa de nossa Mãe durante a imaculada concepção, o nascimento e a vida do Filho Salvador, até a morte na cruz, a gloriosa resssurreição, e a ascensão. E posteriormente, no começo da Igreja, bafejada pelo Fogo Pentecostal. E até hoje, depois de sua subida aos céus em corpo e alma integrados, e de sua coroação; sempre atenta às nossas falhas e às nossas necessidades; sempre disposta a interceder pelos que a ela recorram; sempre colaborando pela santificação de todos, e na luta constante contra as forças malignas.

A propósito dos missionários e das missionárias, sabemos que as tarefas não são nada fáceis. Exigem muito sacrifício e renúncia, que, porém, deixam de representar um fardo pela força maior do Amor e da Fé. Exemplo que temos, em nossa comunidade de São Sebastião de Itaipu, são nossos padres, discípulos de São Vicente Pallotti, vindos de distante país do leste europeu, com clima e idioma muito diferentes, e que tanto têm se integrado ao nosso convívio e batalhado pelo crescimento espiritual, pela solidariedade e pelo incentivo à participação no bom combate. Outros exemplos são vistos em outras comunidades em todo o Brasil, em outros países da América, África, Ásia, Oceania e até na Europa, de onde tem saído a grande maioria das missões, mas que, nos dias de hoje, começa, por necessário, a recebê-las de fora. Por vezes, sacrifício e renúncia transcendem para o martírio, como nos tempos do Império Romano. Infelizmente, nos dias de hoje, a intolerância e o radicalismo de irmãos de determinadas e respeitosas crenças, para com nossa fé, tem causado mortes, cruéis agressões e injustas prisões; igual ou pior que no passado próximo por conta de ideologias totalitárias. Mas nada disso intimida os que assumem o mandato divino.

Quanto ao Dia 12, em que se comemora Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil; a mesma Mãe e Rainha com diversos outros títulos, a mesma Mulher concebida sem pecado que atendeu ao chamado do Pai; não deve ser, por nós, católicos, vivido como simples feriado ou “feriadão”. Importa que participemos da Santa Missa, sobretudo, como filhos gratos da Mãe que não cessa de auxiliar-nos, sobretudo nos maus momentos, e até quando não o peçamos expressamente, mas do fundo de nossa alma. Importa que reflitamos sobre a fraternidade com todas as pessoas e todos os povos, aos quais, sem exceção, se estende seu manto protetor. Diversas imagens da Virgem são correlatas a aparições em vários outros países. Fátima em Portugal, Lourdes na França, Guadalupe no México, Luján na Argentina, Chestochowa na Polônia; são algumas de muitas. Qualquer atitude de depreciação, ou de preconceito, contra nações, etnias ou grupos de pessoas, mesmo camuflada a pretexto de jocosidade, contraria, lamentavelmente, o que Deus quer de nós, e o que Maria nos recorda. E quanto mau testemunho tem havido por séculos e séculos!

Em suma. Rezar o Santo Rosário, no todo ou em parte; em família ou em reunião maior; absorver os mistérios, levando-os à vivência diuturna e ao exercício da humildade e da firmeza no caminho do Bem e na rejeição do pecado; incrementar a consciência de que nós, leigos, somos também missionários onde quer que estejamos; ajudar-nos mutuamente, nas forças e nas fraquezas recíprocas, e nos dons de cada um e cada uma; a tudo isso somos lembrados neste mês primaveril.

Senhora Rainha, Mãe de Deus e Nossa. Rogai por nós que recorremos a vós. Iluminai-nos para que perseveremos e melhoremos nossa conduta. Amém.
Luiz Felipe Haddad

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