Arquidiocese de Niterói - Vicariato Oceânico

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Entrando no Tempo Festivo


O Fim do ano litúrgico esta próximo e, com ele muitas festas  que é uma das características do povo cristão.
Logo no inicio do mês de novembro a festa de todos nós, ou seja, todos os santos e santas de Deus. Já no segundo dia lembramos de nossos queridos já falecidos, rezando e celebrando Missas em favor de suas almas.
            Festejamos a proclamação da Republica, Zumbi, Araribóia e por fim a grande festa que encerra o ano Litúrgico CRISTO REI DO UNIVERSO.
            Também neste mês inaugura o novo Ano Litúrgico com o início do Advento [ do latim  adventus= chegada] correspondendo às quatro semanas que antecedem o natal. Portanto, é recomendado que antes da corrida as lojas para as compras de Natal preparemos, primeiro, o aconchego do nosso coração e de nossa casa com gestos espirituais [ Sacramentos: reconciliação / confissão e Eucaristia] e gestos externos [árvore de natal, presépios, guirlandas e as quatro velas do Advento] sinalizando nossa fé.
Deixamos como sugestão uma bela maneira de viver profundamente, com toda família e a Igreja, as quatro semanas do Advento com a celebração das quatro velas do Advento.
            Sendo o Advento tempo de recolhimento, jejum, oração e esmola; tem uma conotação austera, não na intensidade da Quaresma, mas usamos a cor roxa nos paramentos e nas velas, com exceção da terceira semana que é rosa simbolizando a proximidade da chegada do Menino Deus, portanto, momento de alegria  [ do latim Gaudette= alegria].
No primeiro Domingo- Acende-se a PRIMEIRA VELA [roxo]
A Luz nascente nos conclama a refletir e aprofundar a proximidade do Natal, onde Cristo, Salvador e Luz do mundo brilhará para a humanidade. Lembra ainda, a necessidade de perdoar e ser perdoado. A cor roxa nos recorda nossa atitude de vigilância diante da abertura e espera do Senhor que virá.
Oração:
“A luz de Cristo, que esperamos neste Advento, enxugue todas as lágrimas, acabe com todas as trevas, consolem quem está triste e encha nossos corações da alegria de preparar sua vinda neste novo ano de graça!”

No segundo Domingo- Acende-se a SEGUNDA VELA [roxo]
A  segunda vela acesa nos convida ao desejo de conversão, arrependimento dos nossos pecados e também  o compromisso de prepararmos, assim como São João Batista, o caminho do Senhor que virá. Esta vela lembra ainda a fé dos patriarcas e de São João Batista, que anuncia a salvação para todos os povos.
Oração:
“A luz de Cristo, que esperamos neste Advento, ilumine nossos passos fazendo-nos desviar das armadilhas armadas, com astucia, pelo maligno seguindo confiante em direção da Verdade que é Cristo.”

No terceiro Domingo- Acende-se a TERCEIRA VELA [rosa]
A terceira vela acesa nos convida à alegria e ao júbilo pela aproximação da chegada  do Menino Deus. A cor litúrgica de hoje é o rosa, indicando justamente o Domingo da Alegria. Esta vela lembra, ainda, a alegria celebrada pelo rei Davi e sua promessa que, agora, está se cumprindo em Maria.
Oração:
“Alegrai-vos sempre no Senhor! De novo vos digo: alegrai-vos! O Senhor esta perto”

No quarto Domingo - Acende-se a QUARTA VELA [roxo]
A quarta vela marca os passos de chegada para acolher o Menino Luz, enfim a chegada definitiva da Luz ao mundo. Simboliza, ainda, nossa fé em Jesus Cristo, que ilumina todo homem que vem  a este mundo e também os ensinamentos dos profetas, que anunciaram a chegada do Salvador e da Igreja que celebra Jesus Cristo todos os dias em todos os tempos.
Oração:
“Céus, deixai cair o orvalho, nuvens, chovei o justo; abra-se a terra, e brote o Salvador.”

José Mario Benevento

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

MORTE. ESPERANÇA NA RESSURREIÇÃO. DEFESA DA VIDA.

Chegamos ao mês de novembro, o penúltimo do ano. No dia 1º, voltamos, como cristãos e católicos, nossa atenção para aqueles que, enfrentando grandes obstáculos, e triunfando sobre fraquezas, comodidades e dores, lograram alcançar, na passagem desta para a outra dimensão, plena comunhão com Deus Uno e Trino; isto é, no alcance da santidade, para a qual somos todos convidados, no processo de crescimento espiritual e conversão à Palavra contida nas Escrituras Sagradas, complementada pelos ensinos dos sucessores de Pedro. E no dia 2, lembramo-nos de nossos entes queridos, e de muitos outros, conhecidos, que chegaram à passagem referida. Recordamos que somos mortais, e que, mais dia, menos dia, também lá chegaremos. Mas pelo dom da fé, pela esperança no que é prometido pelo Salvador e Redentor, pela busca constante da prática do amor ao Criador e ao próximo como a nós mesmos, sabemos que um destino maravilhoso nos é reservado, no reencontro geral, sob as infinitas alegrias do Reino dos Céus. Sabemos que, embora nossa carne venha a ser degradada ou destruída de qualquer forma, ganharemos um corpo glorioso, totalmente integrado à alma vitoriosa. Detalhes precisos não estão escritos, porém essa promessa já basta para vencermos a natural tristeza pela perda e para que tiremos a impressão de estarmos sozinhos ou abandonados. Nada nos afastará do amor de Deus, que é nosso Pastor. Isto; é claro; fazendo cada um sua parte, buscando sempre a reconciliação, fortalecendo-se individual e comunitariamente, orando e se levantando a cada passo errado. Mesmo se for necessário o estágio de purificação, no purgatório, a alegria continuará intensa, como disse certo pensador; pela certeza da salvação.

Nosso Pai; que é Amor e Justiça, mas que é pleno de Misericórdia; sabe de nossos pontos fracos, de nossas misérias, mas também de nossos pontos fortes, de nossos dons. Ele não quer que tenhamos a terrível “segunda morte”, mas por contrário, que tenhamos vida, e vida em abundância. Vida que não se correlata apenas à saúde do espírito. Ter um corpo saudável, mesmo quando parte dele esteja inativa; o que não se confunde com obsessão por beleza resumida ao físico; lutar contra vícios e hábitos prejudiciais a tanto; evitar estresses; é importante para todos. Conjugar o sexo ao amor, na vida conjugal, na chama renovadora da união, também é. E muito mais. O que importa é, sob a luz do Espírito Santo, apreciarmos retamente todas as coisas e agirmos segundo essa apreciação.

Tudo isso tem muito a ver com um tema, que muitos não compreendem ou não querem compreender, acerca da firme posição de nossa Igreja Católica em defesa da vida, desde a concepção até a morte natural. Sacrificar-se o feto em nome de suposto direito da mãe, cujo corpo próprio é ligado provisoriamente ao dele, além de significar grande covardia para com quem não tem a mínima chance de resistir, parte de um princípio errôneo e egoístico; o mesmo que “justificaria” o massacre dos reputados “anormais”, ou “diferentes”, para “alívio e conforto” de maiorias acomodadas. Embora só Deus possa julgar a consciência de cada um, e compita à lei humana, em especiais hipóteses, avaliar responsabilidades no campo jurídico, nós todos, que somos igreja e povo divino, não podemos nos calar diante de absurdos permissivos que já são realidade em outros países; para que aqui não aconteçam. Não importam preferências políticas, partidárias ou pessoais. O cristão, nesse e em outros assuntos de valor essencial, tem a obrigação de ser firme, separando “uma coisa de outra coisa”.

Vivemos e perseveremos contra a cultura da morte, rumo ao Reino que nos aguarda e que é aberto a todos. Mãe Santíssima; rogai por nós que recorremos a vós. Amém.
Luiz Felipe Haddad