Lembrando o rito que se cumpriu oito dias após o nascimento de Jesus, proclamava-se o evangelho da circuncisão. A circuncisão dava nome também à festa que inaugurava o ano novo. A última reforma do calendário trouxe ao dia primeiro de janeiro a festa da maternidade divina. Desde 1931 essa festa era celebrada no dia onze de outubro, lembrando o Concílio de Éfeso (431) que proclamou solenemente uma das verdades mais queridas do povo cristão: Maria é verdadeira Mãe de Cristo, que é verdadeiro Filho de Deus.
Nestório teve a ousadia de declarar: “ Porventura pode Deus ter uma mãe? Nesse caso não podemos condenar a mitologia grega, que atribui uma mãe aos deuses.” São Cirilo de Alexandria, porém, havia replicado: “Dir-se-á : a virgem é a mãe da divindade? Ao que respondemos : o Verbo vivo, subsistente, é gerado pela própria substância de Deus Pai, este desde toda a eternidade... Mas ele se encarnou no tempo e por isso pode-se dizer que nasceu da mulher.” Jesus Filho de Deus, nasceu de Maria..
É deste sublime e exclusivo privilégio que derivam à Virgem todos os títulos que lhe atribuímos. Também podemos fazer, entre a santidade individual de Maria e sua maternidade divina, uma distinção sugerida pelo próprio Jesus Cristo: “Uma mulher levantou a voz no meio da multidão e lhe disse: bem-aventurado o ventre que te trouxe e os seios que te amamentaram. Mas Jesus replicou: Mais bem-aventurados são os que ouvem a palavra de Deus e a praticam.” (Lc.11,27)
Na realidade, “Maria, filha de Adão, consentindo na palavra divina, se fez Mãe de Jesus. E abraçando a vontade salvífica de Deus com todo o coração, não retida por nenhum pecado, consagrou-se totalmente como serva do senhor à pessoa e obra do seu Filho, servindo sob ele e com ele, por graça de Deus onipotente, ao mistério da redenção” (Lúmen gentium,56)
Deus se fez carne por meio de Maria, começou a fazer parte de um povo, constiuiu o centro da história. Ela é o ponto de união entre o céu, e a terra. Sem Maria desencarna-se o Evangelho, desfigura-se e transforma-se em ideologia , em racionalismo espiritualista.
Paulo VI assinala a amplidão do serviço de Maria com palavras que têm um eco muito atual em nosso continente: Ela é a mulher forte que conheceu a pobreza e o sofrimento, a fuga e o exílio (Cf. Mt 2,13-23); situações estas que não podem escapara atenção de quem quiser dar apoio, com espírito evangélico, às energias libertadoras do homem e da sociedade. “Apresentar-se-à Maria como a mulher que com a sua ação favoreceu a fé da communidade apostólica em Cristo e cuja função materna se dilatou, vindo a assumir, no Calvário, dimensões universais.” (Puebla, 301 e 302).
"Um santo para cada dia" - Mario Sgarbossa e Luigi Giovannini
Edições Paulinas.
Como este dia é Santo de Guarda, Preceito, as missas serão celebradas nos seguintes horários:
Capela da Fonte: 09:30h
Matriz: 19:00h
Lembrando que não haverá missa na capela do Maravista.
Nenhum comentário:
Postar um comentário