Arquidiocese de Niterói - Vicariato Oceânico

segunda-feira, 7 de maio de 2012

MAIO. MÊS DA MÃE DE DEUS E NOSSA. “FAZEI TUDO O QUE ELE DISSER”.



Chegamos ao mês de maio, que por antiga tradição, ganhou o epíteto de “mês das noivas”, pelo grande número de casamentos realizados em seus dias. Mês que, desde o começo da história de nossa Igreja Cristã e Católica, é dedicado, principalmente, à figura de Maria Santíssima, sempre Virgem, mãe carnal de Jesus, o Homem-Deus e Deus-Homem. Logo, também, Mãe de Deus, no mistério da Santíssima Trindade, e pela ação do Santo Espírito. Esposa de José, pai adotivo de Jesus, em união não carnal, mas de intensa e mútua dedicação à missão do Pai. Maria, que depois do falecimento de José, bem mais velho pelo que se tira da tradição, e depois do sacrifício do Filho, viveu protegida pelo Apóstolo João; incentivando a igreja nascente no cenáculo e sob o fogo pentecostal; terminando seus dias nesta dimensão de vida, na cidade de Éfeso, hoje na Turquia. Porém, cientes todos nós, que seguimos o magistério dos sucessores de Pedro, em que seu corpo, livre da corrupção, se integrou à alma na subida ao Céu. Outro mistério que professamos pela Fé, agregado a outro, também ensinado pela Igreja, de sua concepção imaculada, isenta da mancha e dos resíduos da frustração do primeiro plano divino pelo pecado de nossos primeiros pais.
  Maria, nos Evangelhos, é referida de pouco. Mas do pouco que é muito. Aceitou ser instrumento da encarnação do Cristo. Viveu modestamente e pouco falou, “guardando tudo no coração”. Nas Bodas de Caná, compadecida pela preocupação do anfitrião com o término do vinho, solicitou ajuda do Filho e a obteve, ao pedir que todos fizessem o que ele mandasse. Sofreu intensamente ao ver Jesus espancado, torturado e morto na cruz. Alegrou-se com a as gloriosas ressurreição e ascensão. Coroada no Reino Celestial, ela caminha, até hoje, conosco, mesmo com os que não creem ou que se dedicam ao Mal; visando a conversão geral e plena, de que tanto carece o ser humano nos dias de hoje, tão dominados pelo egoísmo, materialismo, consumismo, e indiferença para com o irmão e para com as coisas do espírito. Suas aparições em Fátima, Aparecida, Guadalupe, Lourdes, Chestochowa, e muitas outras, têm tido esse significado.
Sempre é bom, para nós, pedirmos a ajuda da Mãe, por sua poderosa intercessão perante o Filho; ou adquirirmos imagens dela, que muito nos auxiliam, pela lembrança, nas orações. Mas sempre sabendo que objetos, por si mesmos, nada valem, e que Ela não quer que a coloquemos em posições destoantes das Sagradas Escrituras e dos Ensinos eclesiais.
Maria está sempre conosco, e atende-nos nas aflições, nas preocupações do dia a dia, nas crises de qualquer tipo, sem qualquer discriminação de cor, etnia, sexo, condição social ou financeira. Ela ama por igual a todos os povos da Terra. Ela concita a todos na construção da paz que não se resume à ausência de guerra, da liberdade que não se confunde com libertinagem, da justiça social na eliminação da miséria, do desemprego e de qualquer escravidão ou idolatria; das relações familiares e comunitárias baseadas no amor a Deus e ao próximo como a nós mesmos; em suma, pelo esforço de homens e mulheres, sob a orientação da Igreja Peregrina, na edificação do Reino Prometido.
Honremos e prestigiemos nossa Madrinha, Torre de Davi, Rosa Mística. Acheguemo-nos a ela, de coração e de conhecimento. Testemunhemos, mais pelo exemplo do que por símbolos, o bem que nos traz sua veneração, sobretudo, perante nossos irmãos separados.
Nossa Senhora. Rogai por nós, pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém.

 Luiz Felipe Haddad
                       

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