Neste mês de julho, em que se comemora o Dia dos Avós, na homenagem a São Joaquim e Santa Ana, pai e mãe da Virgem Santíssima que concebeu divinamente o Redentor e Salvador, é bom que nós, cristãos e católicos, voltemos nossa atenção à crise que, no Brasil e em grande parte do Mundo, assola, nos dias atuais, o matrimônio e a família. Tema que se conjuga a comunidade eclesial e à própria Fé em Deus, com suas conseqüências.
Sabemos que no passado ainda próximo, a dita rigidez de costumes e a religião aparentemente geral, escondiam muita opressão e muita hipocrisia. “Faça o que eu digo, mas não o que eu faço”. Muito era tolerado, em termos de sexo, para o homem, e quase nada para a mulher. Nos lares, por muitas vezes, o relacionamento de pais com filhos se orientava pelo autoritarismo excessivo. E quanto à Igreja de Pedro, o número dos “praticantes” era muito menor do que o dos “nominais”, que se contentavam em ir a algumas missas “importantes”, mandar filhos para colégios religiosos, e poucas coisas mais.
Hoje, no último ano da primeira década do Século 21 e do 3º Milênio da Era Cristã, percebemos; especialmente os da faixa etária do autor destas linhas; que houve melhoras, mas também houve pioras; e que o excesso de um lado se tornou em excesso do outro. Atitudes pecaminosas, antes ocultas ou disfarçadas, passaram a ser ostensivas; na expressão muito em voga; “assumidas”. E por homens e mulheres; adultos e jovens. Casamentos e famílias pelo mesmo constituídas são dissolvidos “por qualquer de repente”. Criou-se o “ficar”, antes de namorar, já levando ao relacionamento íntimo. Sucessivas trocas de parceiro, retardos longos no compromisso mais sério, aberturas ao sexo em formas que o tiram da natureza de dom de Deus para nossa felicidade; desrespeito à dignidade da mulher, e também do homem, no “culto” ao corpo como puro objeto de consumo; violência contra o que está por nascer, na vida uterina; sem falar de outros assuntos que são indiretos acerca do tema acima; tudo isso é uma triste realidade, aqui e em várias outras nações de raízes cristãs. Nossa Igreja, como também outras que preservam os retos valores, muito tem avançado na compreensão dos problemas, na proclamação efetiva da Palavra, e na depuração de mazelas. Sobretudo, em decorrência do renovador Concílio Vaticano II, e dos esforços dos Papas nos quase 50 anos seguintes. Mas, exatamente por isso, ela vem sofrendo sucessivas agressões, por grande mídia sob influência de poderosos interesses financeiros, que tentam desmoralizá-la e debilitá-la, através do exagero noticioso, de “meias-verdades” que ferem tanto quanto mentiras, e da tentativa de atribuir ao Santo Padre Bento XVI supostos retrocessos e supostas intolerâncias. A conturbação dos valores, a insegurança no que seja certo ou errado, o prazer imediato e irresponsável, tudo compraz às “portas do inferno”, denunciadas por Jesus, mas asseverando que nunca prevalecerão contra a Igreja confiada aos Apóstolos e seus sucessores.
Por tudo isso, nossa responsabilidade, como paroquianos de São Sebastião de Itaipu; sob direção espiritual de sacerdotes discípulos de São Vicente Pallotti; membros da Igreja e do Povo de Deus; não é pequena nem leve. Tanto no que diz respeito a nós mesmos, à vida de cada um e de cada uma no lar, no trabalho, no ambiente social em geral, quanto na solidificação das comunidades às quais pertencemos. Muito necessitamos de ajuda e compreensão recíprocas. Muito precisamos vencer rotinas e acomodações que pouco ou nada edificam. Muito devemos ajudar nossos padres, diáconos e ministros; e nos valermos do auxílio deles; sobretudo, dos primeiros, no sacramento da reconciliação, requisito essencial ao da eucaristia. Muito temos que crescer no conhecimento da doutrina cristã e católica, e na sua transposição do campo da teoria para o da prática.
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