Maio é mês dedicado, por nossa Igreja Cristã e Católica, principalmente, à figura de Maria Santíssima; mulher igual a todas as outras, exceto no nascimento imaculado, livre da conseqüência negativa da frustração do originário plano de Deus por nossos primeiros pais. Ensinam os sucessores de Pedro, iluminados pelo Santo Espírito, que ela assim foi concebida já com a sublime missão de gerar, por ação direta daquele, Jesus, o Cristo, na encarnação terrena. Pois Ele; diz-nos a oração completa do Credo; já existia, ao lado do Pai, antes de todos os séculos. Ambos, e o Espírito Santo que dos dois provém, formam a Santíssima Trindade; mistério que, como outros, aceitamos pelo dom da Fé. Maria, que tudo suportou, que muito silenciou, viu o Filho ser sacrificado para nossa salvação. Viu o Filho ressuscitado, sua ascensão aos céus, depois de ter ordenado a seus discípulos que fossem suas testemunhas em todos os recantos do mundo; que convertessem para a Boa Nova todas as criaturas, batizando-as em nome da mesma Trindade-Unidade divina. Também conforme a afirmação de que, contra a Igreja edificada sobre a Pedra da fé de Simão, que passou a se chamar “Petrus” (Pedro), não prevalecerão as portas do Inferno. Ela acompanhou os Apóstolos amedrontados, que deixaram de sê-lo no dia em que receberam o fogo sagrado do referido Espírito Paráclito. Colocada sob proteção de João, o Evangelista, viveu seus últimos tempos em Éfeso, atual Turquia. Ao morrer, seu corpo não foi degradado, mas integrou-se à alma, na subida à dimensão celestial. Ali foi coroada. De lá para cá, tem aparecido em vários recantos da Terra, como em Lourdes, Fátima e Aparecida, sempre nos encorajando a vencer o pecado e a seguirmos os verdadeiros ditames evangélicos; a participarmos da Igreja, que é nossa; quer sejamos presbíteros ou diáconos, quer sejamos leigos. E ajudando-nos, máxime nas situações de dúvidas graves, de revoltas ou de sofrimentos.
Nos últimos tempos, nós, católicos conscientes, guardamos forte sentimento de tristeza pelo que a imprensa, escrita, falada, televisada ou informatizada, tem noticiado, sobre o mau comportamento de muitos sacerdotes, em vários países da América e da Europa, quanto a sórdidos abusos sexuais, vitimando adolescentes e crianças. Contudo, tais fatos, verdadeiros na maior parte, e reconhecidos pelo Sumo Pontífice; muitos não de hoje, mas de passadas décadas; não devem perturbar nosso ânimo. A Igreja é divina, mas também é humana. Erros e falhas, que por certo também existem em outras denominações cristãs e não cristãs, devem ser combatidos não só por maior transparência, na palavra de Bento XVI, mas também por medidas firmes de seleção dos realmente vocacionados ao sacerdócio, com seus relevantes deveres. E sempre por nosso apoio, como leigos e leigas; reunidos fraternalmente, com base no Amor de Deus.
A Barca de Pedro, por maior que sejam as tormentas, nunca naufragará. Não a abandonemos. Fiquemos dentro dela, perseverando na fé e nas obras que a confirmam. Não nos intimidemos em defendê-la do ataque dos que querem destruí-la para gáudio dos interesses malsãos.
Para tanto, temos a Promessa do Cristo. Temos a sólida intercessão de Nossa Senhora, Mãe de Deus e da Igreja. Amém.
Luiz Felipe Haddad
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